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Hidroxicloroquina como possível tratamento para o COVID-19. cuidados e consequências negativas.

O Ministério da Saúde anunciou, na última quarta-feira, que está estudando os efeitos da Cloroquina (Hidroxicloroquina) no tratamento do COVID-19.  O seu uso, combinado com o antibiótico Azitromicina, tem demonstrado alguns resultados positivos.

 A substância, utilizada comercialmente já há muitos anos (cerca de 70 anos), e conta com vários nomes comerciais pelo mundo para tratamento de malária, lúpus e artrite reumatoide .  No Brasil, o nome mais conhecido é o Reuquinol.  

A notícia tem causado grande empolgação. 

Mas é preciso tomar muito cuidado. Essa medicação tem fortes efeitos colaterais e precisa ser administrada por um(a) médico(a).

O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Denizar Vianna informou que a equipe técnica do governo elaborou um protocolo, que prevê cinco dias de tratamento, sempre dentro do hospital e monitorado por um médico, por conta de seus efeitos colaterais como taquicardia. 

“Não usem o medicamento fora do ambiente hospitalar, isso não é seguro. É preciso ter supervisão médica. Tratamos pacientes de malária com cloroquina há décadas, mas os pacientes com covid-19 precisam de uma série de outras medidas para o tratamento da doença”, reforçou o secretário.

Além disso, a notícia de que essa medicação pode ter efeitos contra o Coronavírus tem feito com que as pessoas corressem até as farmácias para comprar preventivamente. Isso está acabando com os estoques e prejudicando a todas as pessoas acometidas de Lúpus Eritematoso Sistêmico (conhecida simplesmente por Lúpus), que precisam da medicação diariamente por toda a vida.  Caso não tomem a medicação, podem ter sérios problemas de saúde, como dentre outras comorbidades, falência completa dos rins e pulmões (em Natal, oito pacientes passam por hemodiálise e uma está para realizar um transplante de pulmões).

A presidente da APALES – RN,  Jackeline Dionísio, informa que o medicamento está se esgotando nas farmácias, assim como há uma falta na distribuição pela UNICAT (farmácia de distribuição gratuita do SUS) que já conta com dois anos.  A Associação precisará promover uma ação judicial contra o Estado do RN para tentar conseguir o medicamento.

Assim, pedimos, encarecidamente, que as pessoas que não precisam não comprem a medicação, pois além de seu uso indiscriminado, sem recomendação médica, poder ser altamente prejudicial para a sua própria saúde, essa compra exagerada está causando sério mal para as pessoas que precisam.

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