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Sobre o possível fechamento da UTI pediátrica do Hospital Walfredo Gurgel

No dia 13 de setembro, a equipe médica da UTI pediátrica pediu socorro para a OAB e para o CRM.

Nós, da Comissão de Saúde da OAB/RN atendemos ao chamado e fizemos uma visita ao hospital em conjunto com o departamento de fiscalização do CREMERN (chefiada por Dr. Francisco Braga). A diretora Fátima Pinheiro nos disse que, realmente, a situação era caótica. Naquele serviço de UTI, dois médicos estavam para se aposentar, um precisava tirar férias, e dois haviam pedido exoneração, restando apenas 6 médicos. Isso fez com que médicos que estavam atendendo na evolução diária dos pacientes não pudessem mais fazê-lo, pois precisavam cobrir a falta de plantonistas.

A diretora informou também que a grande dificuldade desse problema é que os médicos precisam de melhores condições de trabalho (o médico plantonista não tem onde tomar um banho, por exemplo) e os salários são baixos. Além disso, trata-se de uma especialidade muito bem qualificada, onde além de médico, especializado em pediatria, o profissional precisa também ser qualificado para trabalhar em UTI como plantonista (intensivista).

Ela disse que já falou com a Secretaria de Saúde, e que o Ministério Público bem cobrando também, mas o problema persiste.

E esse também não é um problema isolado da UTI pediátrica. Todo o hospital trabalha em tempos de entrar em colapso.

Então, no dia 20 daquele mês, nós tivemos uma reunião com o Secretário de Saúde, Dr. Cipriano Maia, que nos disse que iria fazer uma convocação de novos médicos e que iria propor um aumento dos honorários.

Ao que parece, se tais medidas foram tomadas, também não surtiram efeito.

É uma situação bastante preocupante, pois o Rio Grande do Norte só tem apenas aqueles seis leitos de UTI para crianças. E, para piorar, cinco desses seis leitos estão ocupados por crianças com outros problemas sérios de saúde. Há leitos permanentemente ocupados por crianças com problemas neurológicos.

Nós, da OAB, nos colocamos à disposição para trabalharmos em conjunto com o Ministério Público, CRM, e SESAP para encontrarmos soluções efetivas, pois são urgentes.